Antônio Poteiro
Antônio
Batista de Sousa, mais conhecido como Antonio Poteiro, nasceu no dia 10
de outubro de 1925 na Aldeia de Santa Cristina da Pousa, Província do
Minho, Portugal, mas se mudou ainda criança para o Brasil. Depois de
morar em São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do Bananal, fixou-se em
Goiânia em 1955, onde faleceu em 8 de junho de 2010. Antonio Poteiro
iniciou-se na vida artística com o seu pai, Américo Batista de Souza que
era ceramista e fazia potes. Foi daí que surgiu o sobrenome Poteiro.
Antes trabalhou como padeiro, cozinheiro e faxineiro.
O
tempo foi passando e os potes de Antonio Poteiro foram se transformado
em autênticas esculturas de cerâmica. De simples objetos caseiros, os
potes adquiriram formas mais complexas e adornos decorativos, passando a
exibir uma vasta imaginação do artista e um excelente domínio da
técnica. No campo da cerâmica, a obra de Antonio Poteiro é composta
ainda por santos, urnas em alto relevo, animais e peças do imaginário do
artista.
Antonio Poteiro, pote, cerâmica. Reproduçao fotográfica autoria desconhecida.
Antonio Poteiro, título desconhecido, cerâmica. Reproduçao fotográfica Lordello e Giobbi Leiloes.
Antonio Poteiro, Nossa Senhora dos Navegantes, cerâmica. Reproduçao fotográfica autoria desconhecida.
Em
1973, incentivado por Siron Franco, começou a transportar os elementos
usados em suas peças de cerâmica para as telas. Pintava diretamente
sobre a tela, sem nenhum desenho prévio. Além da temática religiosa
Antonio Poteiro adicionou à sua obra um sentido de crítica política.
Gradualmente passou a apresentar também motivos regionais e temas
bíblicos.
Antonio Poteiro, natividade, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica Escritório de Arte.
Antonio Poteiro, a ceia, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica do site do artista.
Antonio Poteiro, S. Francisco e os animais, acrílica sobre tela. Reproduçao fotográfica do site do artista.
Entre
os artistas brasileiros, é um dos mais conhecidos e apreciados no
exterior. Participou ao longo de sua vida de um grande número de
exposições individuais e coletivas no Brasil e em outros países. Dentre
as exposições individuais merecem destaque: a Exposição de Cerâmica e
Pintura (Ouro Preto, 1976), a Exposição de Cerâmica e Pintura no Museu
de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso
(Cuiabá, 1978), a Exposição de Cerâmica e Pintura no SESC (Rio de
Janeiro, 1979), a Exposição na Bolsa de Arte de Porto Alegre (1983), a
Exposição na Galeria São Paulo (São Paulo, 1984), a Exposição na
Fundação Guayasamin em Quito, Equador (1985), a Exposição no Brasilian /
American Cultural Institute (Washington, 1986), a Exposição na
Embaixada de Portugal no Brasil (Brasília, 1986), a Exposição na Galeria
Le Corbusier, na Embaixada da França (Brasília, 1991), a Exposição na
Manoel Macedo Escritório de Arte (Belo Horizonte, 1996), a Exposição na
Fundação Jaime Câmara Galeria Casa Grande (Goiânia, 1996), a Exposição
no Museu de Arte Contemporânea (Goiânia, 2001), a Exposição na Casa Arte
Canoas (Canoas, 2003) e a Exposição na Embaixada da França (Brasília,
2004).
Participou
duas vezes da Bienal Internacional de São Paulo (1981 e 1991), da
Biennalle Internazionale "NAIF", Cittá di Como, Itália (1976) e da V
Bienalle Internazionale "NAIFS", entre Fiera e Lombardia, Itália (1980),
da III Bienal de Havana, Cuba (1989), da III Bienal de Artes de Goiás
(1993) e da Bienal Brasileira de Arte "NAIF", SESC Piracicaba (1994).
Entre
os prêmios e honrarias recebidos destacam-se: o Prêmio de Aquisição no I
Concurso Nacional de Arte Plástica da Caixa Econômica do Estado de
Goiás (1970), o Troféu Tioko" de Melhor Artista Plástico em Goiás
(1975), o Prêmio "FUNARTE" no IV Concurso Nacional de Artes Plásticas da
Caixa Econômica do Estado de Goiás (1976), o Grande Prêmio Prefeitura
de Belo Horizonte (1982), o Prêmio Associação paulista de Críticos de
Artes APCA (1984), a Comenda Oficialato da Ordem do Mérito, recebida do
Governo da República Portuguesa (1987), o Prêmio de Cerâmica do
Santuário da Arte Goiânia (1992), a Medalha Ordem do Mérito Cultural.
Brasil (1997), o Prêmio Unesco (2001) e o Troféu Jaburu - Conselho
cultural estadual de cultura – Goiânia (2005).
As
obras de Antonio Poteiro também faz parte do acervo permanente de
museus como: o Museu Professor Zoastro Artiaga (Goiânia), o Museu de
Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso
(Cuiabá), o Museu de Arte Moderna - MAM (Rio de Janeiro), o Museu de
Arte Moderna (São Paulo), o Museu da Casa Brasileira (São Paulo) e o
Museu Municipal de Obidor (Portugal)
Fonte:
- Site do artista: WWW.antoniopoteiro.com, Acesso dia 20/01/2011.
- Frota, LC. Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro – Século XX. Aeroplano Editora, Rio de Janeiro, 2005.
de: www.artepopularbrasil.blogspot.com.br
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