quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Semana Henry Moore: Grupo Familiar

Escultura
Semana Henry Moore: Grupo Familiar



A imagem de hoje é uma das mais conhecidas do artista: Grupo Familiar, naturalmente inspirado em Irina e na filhinha deles, Mary. Antes de completar essa peça, ele fez varias maquetes com o mesmo tema, mas nenhuma foi aceita. Até que vários anos depois, a Escola Secundária de Barclay, em Stevenage, lhe encomendou uma obra e ele voltou ao tema.

Dessa vez tirou quatro edições da nova maquete: uma está na escola para a qual foi feita; as outras três foram adquiridas pelo MoMA de NY; por Nelson Rockfeller e pela Tate de Londres. É escultura em bronze e mede 1540 x 1180 x 700 mm. Pesa 475 kg.
 Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - para o Blog do Noblat
10.10.2012

 Em 1929 Henry Moore casou-se com uma linda jovem russa, Irina Radetsky; em 1931 eles compraram uma pequena casa de campo no condado de Kent, onde Moore podia trabalhar durante as férias do Royal College.

Ele estava obcecado com a forma de esculpir que achava perfeita: esculpir diretamente no material escolhido. Nessa época, isso significava tudo à mão, sem auxílio de nenhum equipamento, o que era muito exaustivo.

Sua segunda exposição individual aconteceu no mesmo ano e o catálogo foi assinado por Epstein: “Para o futuro da escultura na Inglaterra, Henry Moore é vital”. Vindo de quem vinha, era uma declaração e tanto.

O que não admira que nessa época seu nome se tornasse conhecido, mas sua figura controversa. O sucesso tem dessas coisas... O jornal “Morning Post” o atacou de modo selvagem, assim como outros jornais e semanários. Resultado: o Royal College of Art não renovou seu contrato como professor, isso depois de sete anos como membro do corpo docente daquela instituição.

Como às vezes acontece, esse mal veio para o bem: Henry Moore foi contratado pela Chelsea School of Art, que há muito pedia que ele fosse lecionar lá. Sair de uma escola tradicional e símbolo da arte aprovada pelo "establishment", e ir para uma escola de arte inovadora, só podia fazer bem à carreira de Moore. Como fez.

Em 1934, o casal vendeu a casa de campo e comprou outra, também pequena e no mesmo condado, mas com um terreno bem maior, o que permitia ao escultor ver seus trabalhos ao ar livre. O que para seu estilo era mais do que importante: Henry Moore é escultor de obras monumentais, próprias para grandes espaços.

Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - para o Blog do Noblat
10.10.2012

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