quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Henry Moore: A Madona e a Criança

Escultura
Henry Moore: A Madona e a Criança





A Madona e o Menino: escultura feita por encomenda para a
Igreja de São Mateus, Northampton, Northamptonshire,
Inglaterra, entre 1943/44.

Em pedra de Hornton, mede 149.9cm, retrata Maria como mulher
determinada, protetora de sua Criança. A Madona olha para a
porta de entrada da Igreja, como a encarar quem vem lá. Já o
Menino, é preciso ficar diante da estátua para olhar seu
rosto.



Sétimo filho do chefe de uma equipe de mineiros, Henry Moore
teve uma infância feliz graças à personalidade forte e
incentivadora de seus pais. Ainda em Castleford, Yorkshire,
onde nasceu, Moore já lecionava na escola onde aprendeu a
ler e escrever. Aos 17 anos alistou-se e foi o caçula de
seu regimento, o Prince of Wales Civil Service Rifles.

A lembrança que ele conservou da guerra não foi traumática
como para tantos outros soldados. Ele dizia que tudo se passou
como numa névoa, onde nada era muito real, dominado pelo
romantismo de se tornar um herói. Em Cambrai, na França,
ele foi envenenado com gás, mas recuperou-se muito bem e
terminou a guerra como instrutor de recrutas.

Ao fim da guerra voltou para sua escola em Castleford, mas
por pouco tempo. Recebeu do governo uma bolsa para a Escola
de Arte de Leeds onde logo foi reconhecido como um aluno acima
a média. E em 1921 recebeu a bolsa que mudou sua vida, para o
Royal College of Art de Londres.

São suas palavras: “Estava como num sonho, excitadíssimo.
Na primeira viagem num daqueles ônibus abertos eu olhava
em torno e parecia que estava viajando pelo céu. A sensação
era que o ônibus flutuava no ar...”

Moore aproveitou tudo que pode das oportunidades que Londres
lhe oferecia. Frequentava os museus assiduamente. Nesse seu
primeiro ano em Londres foi a Paris com um colega e lá também
se extasiou com o que viu no Louvre e nas ruas.

Ganhou uma bolsa de viagem e escolheu ir para a Itália onde
se apaixonou tanto pelas obras clássicas greco-romanas que na
volta custou a se libertar do que vira, teve uma espécie de
bloqueio. Ainda bem que de curta duração.

Em 1926, quando de sua primeira exposição individual, ele foi
muito feliz pois alguns dos compradores de suas peças foram
nada menos que Jacob Epstein e Augustus John, artistas de
muito renome e peso. Nessa ocasião, Epstein recomendou Moore
como artista para uma escultura destinada ao novo Centro
Administrativo do metrô londrino.

Era o início de uma longa carreira como um dos maiores
escultores do século 20.

Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa para o
Blog do Noblat

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