terça-feira, 9 de outubro de 2012

Henry Moore: Figuras Reclinadas



                                   A Legenda, em bronze, de 1957/58, que está nos jardins da Hebrew
                                                           University, Jerusalem


Nascido em Yorkshire, em 1898, Henry Moore começou a esculpir ainda muito
jovem. Filho de um mineiro, iniciou seus estudos em Leeds depois de combater
na Primeira Guerra Mundial. Em 1921 mudou-se para Londres, onde estudou no
Royal College of Art como bolsista. Concluiu o curso em 1925. Ainda no mesmo
ano tornou-se professor de escultura na mesma instituição, onde lecionou até
1932.

Realizou sua primeira exposição individual em Londres, em 1928. Em 1932
transferiu suas atividades de ensino para a Chelsea School of Art. Em 1933
tornou-se membro da “Unit One”, um grupo de jovens artistas ingleses. Em 1939
a “Chelsea School” foi desalojada, seu estúdio bombardeado e Moore interrompeu
suas aulas, transferindo-se para Kingston, onde ficou um ano.

Em 1940 foi nomeado "artista da guerra", época em que iniciou sua conhecida
série de desenhos dos refúgios antiaéreos. Em 1941 foi eleito membro do
conselho da Tate Gallery por sete anos (e reeleito em 1949). Nessa época,
viajou para Nova York, onde expôs individualmente desenhos e esculturas,
realizando exposições também em Chicago e São Francisco.

Ficou famoso por suas monumentais esculturas em bronze, que podem ser vistas
em muitos espaços públicos em várias cidades do mundo.

Suas obras normalmente são abstrações da forma humana, figuras quase sempre
reclinadas. Com exceção de uma fase na década de 50, logo após seu casamento
e o nascimento de sua filha Mary, quando esculpiu alguns grupos familiares,
as obras de Moore quase sempre sugerem um corpo de mulher.

 As figuras reclinadas, recorrentes em sua obra, são como a assinatura de Moore.
Inspirado numa estátua tolteca, proveniente de Chichen-Itza, México, que viu nos
jardins do Trocadero*, em Paris, nas primeiras que esculpiu sua preocupação era
com o volume enquanto que nas posteriores ele estudava o contraste entre o volume
e o espaço, fazendo aberturas nas formas que esculpia.

Como vemos, há versões em gesso e bronze inspiradas na mesma ideia da figura
reclinada. Quando uma sobrinha lhe perguntou porque os nomes que dava às
esculturas eram tão simples, ele lhe disse: “Toda arte deve conter um certo
mistério e deve exigir de quem a observa. Dar a uma escultura ou desenho um
título muito explícito tira parte do mistério e assim o espectador passa para
outra peça, sem se esforçar para refletir sobre o significado do que acaba
de ver. Todos acham que olham o que estão vendo, mas na verdade, não estão
olhando”.

Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa para o Blog do Noblat

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