quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Os Nabis: As Três Ninfas, de Aristide Maillol

                                            Os Nabis: As Três Ninfas, de Aristide Maillol


                                                            Jardin du Carrousel, Paris

Os Nabis, palavra que significa “profetas”, foi um grupo de artistas franceses
pós-impressionistas com grande influência nas Artes Gráficas e nas Belas Artes,
na França dos anos 1890. Seus membros eram jovens estudantes que ficaram amigos
em 1880, quando se conheceram na Académie Julian.

Falei no surgimento e duração dos Nabis ontem e para não ser repetitiva, sugiro
aos interessados que usem o link.

Aristide Maillol (1861/1944), ainda que apenas por um breve período membro ativo
do grupo, foi inclusive um de seus fundadores, pela importância de sua obra não
pode ser esquecido quando falamos de Os Nabis. Não foi dos mais fieis ao grupo.
Quando a associação se desfez, em 1896, ele já não participava das decisões,
embora continuasse a seguir as teorias do grupo: “a simplificação da forma e a
exaltação da cor “.

As Três Ninfas é uma célebre obra desse pintor e escultor francês. Originalmente
concebida com uma clássica representação das míticas Três Graças, este arranjo
escultórico em chumbo possui grande solidez e peso em suas formas suaves, de
movimento contido.

Apesar da composição ser uma evidente releitura das Três Graças greco-romanas,
 Maillol insistia em que eram ninfas de campos floridos e argumentava que elas
não eram frágeis como as Graças, eram mulheres fortes, vivas e não deusas.

Ele as moldou em gesso e quando foi fundi-las resolveu que melhor que bronze,
para o caso, era o chumbo, menos escuro, mais de acordo com o efeito campo florido
que ele sonhava.

Embora Maillol tenha alterado o conceito da obra enquanto estava a trabalhar o
modelo em gesso, o efeito de espelho dos três nus, que causa a impressão de
existirem três vistas da mesma mulher, é também típico da representação das Três
Graças.

 Maillol não adotou as superfícies ásperas e a intensa energia do seu conterrâneo
Auguste Rodin. Estava mais interessado na suavidade que no drama, na simplicidade
das formas que transmitiriam uma emoção tranquila.

As Três Ninfas estão no Jardin du Carrousel, perto do museu do Louvre, desde 1964.
Das seis cópias originais (tiradas do gesso) outra está no museu Aristide Maillol,
também em Paris.




Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa para o Blog do Noblat 2/10/2012

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