quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pintura: Salão da Rue des Moulins (1894) - Toulouse Lautrec


A fama, com as exposições anuais no “Salão dos Independentes”, no “Círculo Artístico e Literário Volnay”, e com os cartazes, ultrapassou as fronteiras de Montmartre e Pigalle e alcançou toda Paris. Sobretudo após os célebres cartazes que fez para o Moulin Rouge, nos quais o cancã era o foco.

Mas seu defeito físico, aliado ao desprezo ou até deboche das mulheres por quem se interessava, fizeram com que mergulhasse cada vez mais no mundo subterrâneo e no álcool. A arte o salvou durante muito tempo, mas pouco a pouco foi sendo vencida por sua maior amante: a bebida. De início, cerveja e vinho; depois, conhaque, uísque e absinto, a infame bebida que destruiu tantas cabeças de valor.

De um certo momento em diante, entregou-se ao alcoolismo e seus modos irônicos não disfarçavam o sofrimento decorrente de sua deformidade, que além de o marcar, lhe provocava grandes dores. Em 1899, após grave colapso nervoso, passou alguns meses num sanatório mas, no ano seguinte, voltou a beber.

Apesar disso, continuou a participar de exposições, em Paris, em Londres e em Bruxelas. Sua mãe teve que regressar a Albi para cuidar de sua avó doente e ele, sem a presença daquela que ainda o ligava à vida, se entrega cada vez mais ao vício e a uma vida desregrada.

A imagem de hoje é de uma das obras mais conhecidas de Toulouse Lautrec. Mostra a sala de espera na rue des Moulins, em uma das “maisons closes” onde ele viveu algum tempo.

“Salão da Rue des Moulins”, óleo sobre tela, 1m11x1m32

 Acervo Museu Toulouse Lautrec, Albi, FR

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por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -

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