sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Pintura: A Ruiva (1896) TOULOUSE LAUTREC


                     
                        Ele lutou muito para não sucumbir, mas sua luta contra o álcool foi injusta: tinha a cabeça de um gigante, mas seu corpo não ajudava. Ainda por cima, teve que enfrentar sua família, que o queria interditar. Livra-se da curatela, mas um amigo, Paul Viaud, fica encarregado de controlar seu consumo de álcool. Sua saúde deteriora-se a tal ponto que ele mesmo resolveu largar Paris e seu amigo Viaud o levou para Albi.

                        Em 15 de agosto de 1901, ele sofre um derrame que o deixa hemiplégico. A mãe o leva para o Castelo de Malromé, na Gironde, acreditando que sua saúde se recuperaria no campo. No início de setembro, ele já é dado como gravemente enfermo e não se espera que sobreviva.

                        Sua mãe e seu primo Gabriel, assim como o grande amigo Viaud, estão ao seu lado quando o conde Alphonse, que raramente era visto, entra no quarto, para surpresa de todos. Dizem alguns biógrafos que as últimas palavras de Henri de Toulouse Lautrec foram para seu pai: “Velho bobo”.

                        Ele morreu dia 9 de setembro de 1901, aos 36 anos. Sua popularidade era imensa. Paris pranteia sua morte. Mas, como quase sempre, seu valor como artista só foi reconhecido muito depois, ao surgirem os movimentos artísticos revolucionários do século 20, como o fovismo, o cubismo e o expressionismo.

                        Foi então que se deram conta de como Toulouse Lautrec estava adiante de seu tempo. Nas cores, nas formas e nos temas, no tratamento que dava às figuras que retratava e no modo inteiramente novo como ocupava o espaço em branco.

                        Sua mãe criou o Museu Henri de Toulouse Lautrec, em Albi, ao qual doou sua fortuna. Muitos dos grandes quadros de Lautrec hoje fazem parte dessa instituição.

Na foto de hoje, “A Russa”, ou “A toalete”, como também é conhecido: óleo sobre cartão, mede 79,5cm x 0,54 cm.

Acervo: Musée d’Orsay, Paris


Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - p/ www.blogdonoblat.com.br

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