quinta-feira, 19 de abril de 2012

Instalações: Subodh Gupta

Instalações: Subodh Gupta

Subodh Gupta (1964) nasceu em Patna, terra do grande e venerado matemático Ariabata (476-550), o primeiro dos grandes astrônomos da antiguidade hindú.
Sua primeira opção foi a pintura, mas curioso, resolveu experimentar diversas meios de expressão. Seu trabalho engloba pintura, escultura, fotografia, performances, vídeos e instalações.
Ele ficou mais conhecido por incorporar objetos de uso diário muito comuns na Índia, como as marmitas de alumínio que milhões de pessoas carregam para levar seu almoço diário, assim como panelas, travessas, tabuleiros, filtros, formas, etc.


Acima, a escultura Deus muito faminto, feita em 2006 com centenas de utensílios de cozinha; mede 2.40x1.50x2.05. Quando fotografada, fazia parte de uma mostra no Regent’s Park de Londres.
Com esse material Gupta cria esculturas que refletem as transformações econômicas de sua terra natal e que se relacionam com sua história pessoal.
Abaixo, Derramar: Gupta usa muitas das técnicas originais do conceitualista francês Marcel Ducahmp, ao fazer de objetos banais da vida obras de arte. Um imenso balde de aço inoxidável recebeu muitos pequenos objetos também de aço que escorrem do balde como água sendo derramada. Dimensões: 1.70x1.45


“Tudo isso fez parte da minha infância, da minha vida de menino e rapaz. São objetos usados no dia a dia, ou em rituais e cerimônias. O hindus gostam de revê-los para também lembrar de sua infância ou para avivar sua recordação deles.
Eu sou o ladrão de ídolos. Roubo do drama da vida hindu. E da cozinha – essas panelas e potes são como deuses roubados e contrabandeados para fora do país. Na Índia, as cozinhas são tão importantes quanto as salas de oração”.
Abaixo, Linha de Controle. Essa gigantesca escultura é um cogumelo que simboliza a tensa realidade quase sempre prestes a explodir. Mas na instalação de Gupta tudo explode numa nuvem de utensílios domésticos, dessa vez em cobre - de modo espirituoso, propondo prosperidade, paz e harmonia.

 


Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa  para o blog do Noblat

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