quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Monet

Pintura: A ponte japonesa, harmonia em rosa

 

Alice, tendo recebido a notícia do falecimento de seu marido, casa-se com Claude. É dessa época a série “Catedrais de Rouen”, famosa por ser a primeira vez em que uma construção é pintada nos mais variados horários e de ângulos diferentes. São 20 telas de um valor inestimável, instigantes, sobretudo pelo que significam como estudo da forma e da cor que se transformam segundo a incidência da luz.
Entre 1883 e 1908, ele viaja, vai para as praias do Mediterrâneo, onde pinta belas paisagens; em Veneza faz uma série de belos quadros e em Londres duas de suas obras mais conhecidas: as Casas do Parlamento e a Ponte de Charing Cross.
 Mas os jardins e a paisagem de sua querida Normandia ainda eram o que mais amava. Renoir chegou a retratar o amigo pintando um jardim em Argenteuil (imagem à esquerda).
Pouco a pouco, porém, Monet passou a pintar quase que exclusivamente seu jardim. Os amigos que viram Monet pintando, com o cavalete armado no jardim, deixaram depoimentos sobre a admiração que sentiam pelo modo como ele, com gestos muito rápidos e uma precisão na escolha das cores, em absoluta concentração, reproduzia a luz e seu efeito na natureza.
“Essas telas eu as pintei como os monges de outrora iluminavam seus missais; o silêncio e a solidão é que são os responsáveis por elas, uma atenção fervorosa, exclusiva, próxima da hipnose », ele escreveu para um amigo. Dava preferência aos dias do outono, porque nessa época as flores caiam sobre o lago criando uma visão que maravilhava o artista. E que ele captou em suas obras.
Hoje mostramos a imagem da Ponte Japonesa sobre o pequeno lago, com os nenúfares formando o que o próprio artista chamou de Harmonia em Rosa.

Acervo National Gallery of Art, Washington, D.C
Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa 
Blog do Noblat

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