terça-feira, 28 de junho de 2011

Vila Formosa de Serinhaém (1638) Frans Post

Maurício de Nassau viveu no Recife durante sete anos, de 1637 a 1644. Além de cuidar dos negócios da Companhia das Índias Ocidentais, Nassau deixou aqui exemplos muito importantes: em primeiro lugar a liberdade religiosa, que tornava harmonioso e civilizado o convívio entre judeus, católicos e calvinistas. Também inaugurou, no Recife, o primeiro Parlamento no Brasil.
Foi, sobretudo, um administrador inteligente que trouxe consigo cientistas, cartógrafos, artistas. Fez de sua Mauritstad uma bela cidade, inigualável em toda a América.
Criou o primeiro Jardim Botânico e o primeiro Jardim Zoológico do continente americano. Pela primeira vez cientistas observaram com telescópios europeus os céus do Brasil e pela primeira vez se mediu com rigor nossas condições metereológicas.
Na luta que se seguiu à chegada de Nassau, a Vila Formosa de Serinhaém foi das últimas vilas a cair em mãos dos holandeses. Durante o período do Governo do Conde de Nassau, ela foi um dos quatro distritos em que a Capitania de Pernambuco foi dividida: Olinda, Igarassú, Vila Formosa de Serinhaém e um quarto que começava em Serinhaém e ia até o rio São Francisco.
Frans Post, um dos que veio na comitiva de Nassau, além das gravuras que fez por encomenda de Nassau, pintou aqui sete quadros. O Novo-Mundo, estonteante nas cores e nas paisagens, com uma vegetação completamente diferente da dos Países Baixos de onde ele vinha, deslumbrou o pintor. E isso se nota em suas telas...
“Vila Formosa de Serinhaém” é um desses sete quadros. Os outros são  “Vista da Ilha de Itamaracá” (apresentada aqui ontem),  “Rio São Francisco”, “Forte dos Reis Magos”, “Carroça de bois”, “Forte Frederick Hendrik” e “Paisagem de Porto Calvo”. Todos em óleo sobre madeira.

Blog do Noblat
Acervo Museu do Louvre, Paris

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