quinta-feira, 30 de junho de 2011

O forte dos três reis magos (século XVII) Frans Post




As pinceladas de Frans Post são curtas, rápidas. As folhas das árvores, que parecem em constante movimento sob a ação do vento, chamam a atenção do espectador. A vegetação e o céu são deslumbrantes até para nós, habituados às nossas paisagens e ao nosso clima. Para o europeu, era como se vissem um retrato do paraíso.

Chamo a atenção para o contraste entre o céu e o mar no quadro apresentado hoje. E para quem conhece Natal, o perfil do Forte dos Três Reis Magos, é ou não é maravilhoso?

Em julho de 1644, Post volta para seu país, para viver em Haarlen. Continua a desenhar o que viu nos trópicos, envolvido com as gravuras para o livro de Caspar van Baerle do qual já falamos aqui e a pintar quadros tendo como tema as nossas paisagens.

Dos cento e poucos quadros de Post, até agora conhecidos, trinta e dois são assinados e datados, e quarenta, apenas assinados. Pelos primeiros é possível acompanhar a evolução do artista.

O Instituto Ricardo Brennand, no Recife, possui uma das mais completas coleções de documentação histórica e iconográfica relacionada à ocupação holandesa da região Nordeste do Brasil.

O destaque principal desse núcleo é a maior coleção mundial de pinturas de Frans Post, o primeiro pintor de paisagens do continente americano. O instituto possui 15 óleos de Post, o que equivale a 10% de toda sua obra. É a única coleção que cobre todas as fases da sua trajetória.

No Museu do Estado de Pernambuco, no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico e no Palácio do Governo de Pernambuco, todos no Recife; no Museu de Arte de São Paulo; no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e no Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, também podem ser vistos quadros de Post.

Na Europa, os seguintes museus têm quadros dele: Mauritshuis (Casa de Mauricio), em Haia; Rijksmuseum, em Amsterdam; Louvre, em Paris; British Museum, em Londres.

O Forte dos Reis Magos é óleo sobre madeira e mede 62 x 95 cm



Acervo Museu do Louvre, Paris


Fontes: www.louvre.fr/
Blog do Noblat

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