segunda-feira, 24 de março de 2014

Estátua Equestre de Marco Aurélio (século II)

 por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa - 

Estátua Equestre de Marco Aurélio (século II)




Caesar Marcus Aurelius Antoninus Augustus, o último dos considerados Cinco Bons Imperadores, nasceu em 26 de Abril de 121. Seu reinado foi longo e ocupado por muitas guerras. Mas sua reputação pessoal, na verdade sua retidão, fizeram com que fosse sempre muito admirado.
Para sua fama contribuiu o livro de filosofia estoica, uma espécie de diário que redigiu em suas campanhas militares, intitulado “Meditações”, um livro que pode ser chamado de “aureus libellus”, pequeno livro dourado, lido até hoje.
No frontispício traz a inscrição “pensamentos para mim mesmo”. O manuscrito encontra-se no Museu do Vaticano.
Apesar de viver quase que o tempo todo envolvido em guerras e batalhas, Marco Aurélio não descurou da administração de tão grande Império, nem do estudo da Filosofia.
As guerras contra as tribos germânicas e contra os partos ocuparam quase todo seu reinado. Sabe-se que foram longas e desgastantes, mas Marco Aurélio saiu vencedor.
Marco Aurélio é considerado um dos maiores Imperadores Romanos, mas seu reinado marca o princípio do fim da Pax Romana e o início do longo declínio do Império.
Ele faleceu em 17 de março de 180: foi Cesar durante 19 anos.
Sobre sua estátua: os romanos foram os primeiros a erguer em bronze estátuas equestres de seus heróis. Das muitas que o Império viu, talvez a única remanescente seja a de Marco Aurélio, que só não foi derretida porque foi confundida com a de Constantino, o primeiro imperador romano a professar o cristianismo.
Originalmente fazia parte das obras guardadas nos Museus Capitolini, que receberam grande parte da estatuária romana pertencente ao Vaticano.
Quando Michelangelo foi encarregado de urbanizar o Monte Capitólio (uma das sete colinas de Roma) e de reformar as sedes dos dois museus e a da Comuna de Roma, ele colocou a estátua equestre de Marco Aurélio na praça central que fica entre os três palácios.
Em 1985, no entanto, para o bem de nossa herança cultural, Marco Aurélio e seu cavalo foram levados de volta para dentro do museu (foto maior, detalhe), o que é uma promessa que sobreviverão durante outros séculos. Na praça está uma cópia que, embora perfeita (foto abaixo), o melhor é ver o original no museu...
Ir a Roma e não “cumprimentar” Marco Aurelio é quase o mesmo que ir a Roma e não ver o Papa.

 

Piazza del Campidoglio, Roma

Do BLOG DO NOBLAT
        


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