segunda-feira, 10 de março de 2014

Constantin Brancusi: Torso de Mulher Jovem, 1922

OBRA-PRIMA DO DIA (ESCULTURA)

Constantin Brancusi: Torso de Mulher Jovem, 1922


Constantin Brancusi (1876/1957) era homem simples, apegado aos seus hábitos de camponês. Fazia sua comida, geralmente pratos da cozinha tradicional romena que oferecia aos amigos. Era homem de interesses variados. Adorava música, tocava violino, gostava de cantar canções folclóricas de seu país, freqüentemente demonstrando enorme saudade de casa. Mas nunca exprimiu vontade de voltar para a Romênia. Paris era seu lar. Nem por isso deixou para trás seus sentimentos pela terra onde nasceu e cresceu, e para onde viajou, como visita, oito vezes.
Brancusi foi dos primeiros a esculpir diretamente na matéria que queria utilizar. Durante algum tempo fez o que todos faziam, usava um molde em gesso ou argila. Mas desde 1908 ele passou a esculpir, cinzelar ou entalhar a obra que tinha em mente, sem recorrer a moldes. Foi por essa mesma época que ele começou a esculpir também as bases para suas peças, por achar que eram tão importantes quanto as esculturas propriamente ditas.
“Torso de Mulher Jovem”, de 1922, em ônix, (34.9 x 17.1), cuja imagem mostramos aqui hoje, é uma das muitas versões que fez sobre o mesmo tema. Cada uma tem a forma mais simplificada que a outra. Abstrato ou minimalista? Vamos ver o que disse o próprio Brancusi: “Há uns imbecis que definem minha obra como abstrata, entretanto o que eles qualificam como abstrato é o que há de mais realista, o que é real não é a aparência, mas a ideia, a essência das coisas”.

Torso de Mulher Jovem  Philadelphia Museum of Art, Philadelphia, Penn, EUA

(Publicado originalmente em 20 de fevereiro de 2009) no blog do Noblat

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