terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Toulouse Lautrec - La Goulue no Moulin Rouge (1891/92)

Pintura: La Goulue no Moulin Rouge (1891/92)


Pouco a pouco, Lautrec começa a participar de exposições coletivas. Em algumas, se apresenta como Treclau, anagrama para Lautrec. Encanta-se com o estilo japonês, as composições assimétricas, a cor chapada, e dedica-se a aprender essa arte. As coloridas gravuras japonesas, que o fascinam, invadem Paris e são também a inspiração para outro gênero de arte que vai tomar conta da cidade e no qual Lautrec se tornará um mestre: o cartaz.
Lautrec se entrega à mais desabrida boemia. Freqüentava as corridas de cavalo, os cabarés, os bordéis, e bebia – essas eram suas atividades diárias. Mas sempre desenhando, sempre enchendo páginas e páginas com esboços.
Em 5 de outubro de 1889, é inaugurado o Moulin Rouge, cabaré cujo nome se tornou sinônimo da vida boemia em Paris e que até hoje é casa de espetáculos muito freqüentada.
Joseph Oller, seu diretor, mantém uma mesa cativa para Toulouse Lautrec, que faz do cabaré praticamente seu segundo lar. A tela na foto à esquerda é justamente um testemunho de como era o interior do célebre cabaré. Oller a comprou de Lautrec para decorar o salão de seu estabelecimento – hoje pertence ao Art Institute of Chicago, EUA
O desenho de Lautrec tinha linhas livres, a proporção anatômica nem sempre perfeita, ele dava mais importância à expressividade que à realidade e, por isso, nem sempre respeitava a perspectiva. Já as cores de sua paleta, muito intensas, essas impressionam pelo movimento e ritmo que dão às figuras.
Há quem veja no fato de pouquíssimas de suas telas e desenhos mostrarem as pernas dos personagens uma reação ao grave defeito físico que tanto o atormentou. Mas até isso mostra como ele foi um grande artista, pois a sensação de movimento não é eliminada pela ausência ou desenho pouco preciso das pernas das pessoas que retratava.
Hoje, na foto maior, mostramos uma das personagens mais famosas da Paris daqueles anos e que ficou imortalizada nas telas, desenhos e cartazes de Lautrec. La Goulue, ou A Glutona, era uma dançarina de cancã que se apresentava no Moulin Rouge. Seu nome verdadeiro era Louise Weber (1866/1929). Foi chamada de Rainha de Montmartre, mas ficou para sempre conhecida como La Goulue.
“La Goulue no Moulin Rouge” é óleo sobre cartão, 79,4 x 59 cm.
Acervo Museu de Arte Moderna - MOMA – NY
 Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa p/ o www.blogdonoblat.com.br
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