quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Novo

O NOVO

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Com o velho, a pessoa é eficiente, com o novo ela é inapta. Com o velho você sabe o que fazer, com o novo você vai ter que aprender do abc. Com o novo, você começa a se sentir ignorante. Com o velho você tem conhecimento, você fez algo repetidas vezes, você pode fazê-lo mecanicamente, você não necessita estar “acordado”. Com o novo, você precisará estar alerta, desperto, de outra forma, algo pode ir errado.
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Você já observou isso? Quando você aprende a dirigir você está tão alerta. Quando você já aprendeu, você passa a dirigir sem perceber. Você canta uma música, escuta o rádio, conversa com um amigo, ou pensa em mil e uma coisas, e o dirigir continua, “roboticamente” – você não é mais necessário. O velho se torna mecânico, habitual. Eis porque junto do novo vem o medo. Eis porque as crianças são aptas ao aprendizado. É muito difícil ensinar novos truques a um velho cachorro. Ele vai repetir os velhos truques de novo e de novo e de novo….Esses truques ele conhece.
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Escutei dizer que…
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Um diplomata estrangeiro era incapaz de falar inglês. Quando a campainha do almoço tocou nas Nações Unidas, ele se postou atrás de um homem no balcão das refeições e prestou atenção nele pedindo torta de maçã e café. Imediatamente, ele pediu torta de maçã e café também. Pelas próximas duas semanas, ele pediu torta de maçã com café. Finalmente, ele resolveu que queria experimentar algo diferente, e aí escutou atentamente enquanto outro homem pedia um sanduíche de presunto.
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- Sanduíche de presunto – pediu ele ao balconista.
- Com pão branco ou de centeio? – perguntou o balconista.
- Sanduíche de presunto. – repetiu o diplomata.
- Com pão branco ou de centeio?
- Sanduíche de presunto! – repetiu o diplomata.
O balconista levantando o tom, já tomado de raiva: “Olhe, Mac”(filho) rosnou ele, chacoalhando seu indicador na frente do nariz do diplomata, “você quer branco ou centeio?”
- Torta de maçã com café, -  respondeu o diplomata.
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Quem deveria se meter em tamanho incômodo? Está se tornando muito perigoso, eis porque as pessoas adotam o velho. Mas se você vive com o velho, você não vive de todo, você vive somente para o seu nome.
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Apenas com o novo há vida.
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Apenas com o novo “é” vida. A vida tem que ser fresca. Permaneça um aprendiz, nunca se torne um conhecedor. Permaneça aberto, nunca se torne fechado. Permaneça ignorante, vá em frente, jogando fora o conhecimento que acumula – automaticamente, naturalmente. Cada dia, cada momento, livre a si próprio de tudo o que você aprendeu, e de novo, se torne uma criança. Tornar-se inocente como uma criança é o caminho para se viver e para se viver abundantemente.
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OSHO

Tao, The Pathless Path, vol. 1
ver mais: www.pedrotornaghi.com.br

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