Escultura: O deus Horus

Desde as primeiras dinastias, os antigos egípcios acreditavam que seu rei era divino, encarnação de Horus. O rei governava como se fosse o próprio Horus que se fizera vivo para proteger o rei humano.
Essa identificação entre rei e deus, representada na estatuária e em várias formas de arte, vem desde a 4ª Dinastia, como foi comprovado pela famosa estátua, em tamanho natural, que hoje está no Museu do Cairo: o rei Quéfren com um falcão, as asas abertas a lhe proteger.

Cerca de dois mil anos depois o mesmo tema está representado nesta estátua da qual falamos hoje: Horus, o deus, protege o rei Nectanebo II, o último governante da 30ª Dinastia (foto maior).
Horus é a temida ave de rapina, com olhos astutos e garras perigosas. A coroa dupla, simbolizando seu domínio sobre o Alto e o Médio Egito, é ornamentada com uma cobra em posição de bote, o Uraeus, outra entidade protetora do soberano.
A pequena figura do protegido, o rei Nectanebo II, com um nemes (a peça de linho que cobria a cabeça dos faraós) e um uraeus, pode ser vista entre as garras da ave.
A estátua segue a tradição do último período dinástico. O animal esculpido em pedra dura, grauvaca, a cabeça e as patas cópias perfeitas do natural, enquanto o corpo e as asas são esculpidos de forma mais livre.
Dimensões de “O Deus Horus protegendo o Rei Nectanebo II”: altura 46,5 cm; peso 55.3 kg.
Acervo Metropolitan Museum of Art, New York
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enviado por Maria Helena Rubinato de Souza
...um dia eu fui um desses...
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